Editora: Companhia das Letras (Selo Seguinte)
Páginas: 270
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Nesse enredo nos deparamos com a família incrivelmente rica dos Sinclair.
Com o sobrenome renomado, todos os personagens são descritos da melhor
forma possível: queixo quadrado, esportistas e pessoas politicamente
corretas. O patriarca da família é Harris Sinclair, o avô, e junto de Tipper Taft, a avó, são donos de toda a fortuna da família.
Juntos, tiveram três filhas: Carrie que é mãe do Johnny e do Will. Bess que teve as gêmeas (Liberty e Bonnie), Mirren e Taft. E por fim Penny, que é a mãe de Cadence, a protagonista da história. Todo ano todas as filhas com suas famílias vão passar as férias de verão na Ilha Beechwood, propriedade dos Sinclair, onde cada uma tem sua respectiva casa.
Cadence, Mirren e Johnny são os primos que possuem quase a mesma idade
e, por isso, sempre andam juntos. Vivem altos verões, cheios de
brincadeiras e companheirismo, as férias de família ideais para os
Sinclair, já que esta é a única vez no ano que eles se encontram.
Todos os personagens são incrivelmente essenciais para a
história, apesar dos três primos se destacarem bastante. Uma aparente
confusão pode ser percebida durante a leitura para memorizar quem é
quem, mas o livro possui uma espécie de árvore genealógica que facilita
esse processo. Pois bem, cada verão retratado na ilha da família
corresponde a idade dos primos: Verão dos Oito, Verão dos Nove, Verão
dos Onze...
No final das contas, o que importa mesmo é o Verão dos Quinze, onde aparentemente algo aconteceu com Cadence e ninguém da família que contar o que. No Verão dos Dezesseis, pela primeira vez na vida, a protagonista não vai passar as férias na ilha, retornando apenas no Verão dos Dezessete, decidida a descobrir o que foi que aconteceu com ela.
A partir desse momento, a história se desenvolve. Realizei a leitura em
um único dia e precisei de mais uns dois para absorver tudo o que havia
lido. Uma história sensacional! Os personagens são incríveis, a escrita da E. Lockhart é extraordinária e todo o desenvolvimento da trama é fantástico. A leitura de "Mentirosos" não foi a melhor do ano de 2015: foi uma das melhores leituras da vida!
É incrível a quantidade de mensagens que são passadas para o leitor no decorrer da leitura. O valor da amizade e do medo; as relações familiares, a ganância por dinheiro, a sede por poder, o significado do amor.
Tudo toma uma importância surreal no contexto e nos envolve de uma
maneira cativante, não nos dando tempo de absorvição, e muito menos de
raciocínio. Quem diria que uma obra dessas fosse capaz de fazer tudo
isso, e muito mais.
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